Imagem da Feira
André Boto
FEIRA MEDIEVAL DE SILVES VOLTA A CONTAR COM ANDRÉ BOTO, FOTÓGRAFO INTERNACIONALMENTE RECONHECIDO
A imagem da XVII Feira Medieval de Silves foi, mais uma vez, criada pelo fotógrafo André Boto, procurando retratar um dia do quotidiano da Xilb islâmica numa das sextas-feiras do ano de 1147.
Os ofícios, retratados pelo oleiro e ferreiro; os músicos que acabaram de sair do Hamman; os vendedores de cerâmica e os clientes que passam são alguns dos momentos retratados, nesta tarde em que, nem o sol, impede aqueles de, após as suas abluções, subirem ao minarete, onde o velho Al-Muezzin se prepara para fazer o chamamento; são as cenas retratadas pelo fotógrafo, natural de Silves. O seu currículo inclui inúmeras conquistas entre as quais, o 1.º lugar da Golden Camera, na categoria de "illustrative/Fine Art" no concurso "Fotógrafo Europeu do Ano 2022", pela FEP – Federation of European Professional Photographers, Itália; o prémio "Best of Nations – Portugal" na World Photohraphy Cup 2022, Itália; o Grande Prémio no International Environmental Photography Contest 2022, E.U.A. e vencedor das categorias de Publicidade e Still Life, nos FIIPA 2022, Itália; todas elas no decurso deste ano.
O contraste da luz do sol, com os ambientes dos ofícios e as cores do mercado e das vestes de quem vai para a oração, dão vida a uma viagem no tempo, convidando o espetador a viver um dia na História na madinat Xilb, tendo pano de fundo o seu castelo.
MARCA D'ÁGUA
Na procura de uma identidade única da Feira Medieval de Silves, foi criada a marca d’água do evento, a partir da composição de dois elementos gráficos inspirados em dois achados arqueológicos efetuados no concelho de Silves: um fragmento de estuque e um motivo fitomórfico que ornamenta a parte superior de um candil de disco impresso.
Importa referir que o fragmento de estuque, produzido em massa de cal e areia mostrando motivos vegetalistas e geométricos e vestígios de pintura de cor ocre, revestiu as paredes de um dos salões de habitação palatina escavada no interior da alcáçova de Silves, por certo residência de um alto dignatário do governo da cidade no final do domínio almóada (1ªmetade do século XIII). Já o motivo fitomórfico, produzido a molde, que ornamenta a parte superior de um candil de disco impresso (utensílio de iluminação), é uma peça de cerâmica, revestida a vidrado de cor verde; encontrada no interior de um dos palácios existentes dentro da alcáçova de Silves, tendo servido para iluminar aquele espaço na 2.ª metade do século XII.
A composição gráfica destes dois elementos simboliza a forte influência Mourisca e Cristã, que Silves teve no seu passado histórico e que esteve sempre presente nas recriações históricas que fazem parte da animação da Feira Medieval de Silves.
Pretende-se, desta forma, que este elemento gráfico seja unificador de todas as imagens gráficas da Feira Medieval de Silves, passando a ter presença obrigatória nos suportes gráficos e merchandising da mesma, a par do logotipo da autarquia de Silves.